Os nossos Caminhos de Santiago

Adivinhava-se um dia difícil pelo que saímos muito cedo ( pelas 06:40 ). Até Teo (cerca de 10 Km ) é uma etapa fácil com pequenas estradas rurais e povoações, pelo que se fizeram rapidamente, mesmo com as paragens técnicas típicas. Parámos no Santuário de Nuestra Senhora de la Esclavitud e Cruzeiro de Francos para pequenas visitas e carimbar as credenciais. A parte final, com calor e subidas acentuadas, foi novamente muito difícil tendo chegado cerca das 15:30. Tirámos as fotos da praxe e pedimos as Compostelas. Após banhos e descanso ( optámos por alugar pequeno apartamento central na Airbnb ), missa do peregrino e restantes rituais. O regresso foi no dia seguinte, pelas 10:00 em autocarro da ALSA direto ao Porto onde apanhámos o comboio. Em jeito de balanço vêm à memória o que escrevi o ano passado. Trata-se de um caminho espiritualmente retemperador onde a superação física ( sem exageros !) também nos motiva. Salienta-se a simpatia da generalidade dos peregrinos e d...

Saída pelas 07:15. Contrariamente ao dia anterior depressa entrámos em caminhos rurais, sendo necessário utilizar a lanterna. Estes trilhos agradáveis constituíram boa parte do trajeto inicial por bosques de carvalhos, castanheiros e pinheiros. A 1.ª paragem significativa, já de dia, foi em Carracedo onde existe um cruzeiro e igreja antiga. A partir do Km 10 descemos a meia encosta o vale do rio Valga até San Miguel de Valga, onde descansámos, cruzámos o rio e almoçámos um pouco adiante no bar existente na povoação. Na parte final, antes de Pontecesures , o calor acentuou o cansaço. No albergue oficial ( Albergue de Peregrinos de Padrón) já não havia lugares, acabando por ficar no centro (Albergue Rossol). Padrón é uma pequena vila onde se salientam os peregrinos na zona central. Com os dias que já levamos e as paragens mais ou menos comuns, as caras já são conhecidas e vamo-nos cumprimentando e falando. Algumas fotos do dia:

Saída pelas 07:00. Cruzámos Pontevedra sob uma temperatura pouco agradável. Foi uma etapa com desníveis pouco acentuados, bastante arborizada e com trilhos ao logo dos vales. Aos 10 km parámos em San Amaro para um 2.º pequeno almoço em local bastante agradável ( esplanada do bar, sob as parreiras e solarengo). O trajeto seguiu o traçado da EN550 cruzando-a por diversas vezes. Ao longo do trajeto sucederam-se os cruzeiros com aspeto muito antigo assim como pequenas capelas. Nos quintais das casas constata-se a preocupação na manutenção dos típicos espigueiros. Mais uma vez a parte final foi em grande esforço tendo chegado a Caldas dos Reis pelas 15:00. Ficámos no Hostal La Torre, contíguo ao Albergue La Posada de Dona Urraca (   onde só estavam disponíveis beliches superiores, já de acesso impossível para um de nós ! ). Após lavar lavar a roupa, descansar e fazer algumas compras, jantámos em local agradável à beira rio. Algumas fotos do dia: ...

Depois de uma noite relativamente bem dormida saímos pelas 07:20 ( hora espanhola), ainda de noite e bastante fresco. Seguimos atrás de um casal de polacos já entradotes. Em pouco tempo ficámos para trás pois foi necessário “rever” botas que estavam a magoar. Cerca das 8:00 estávamos a cruzar Redondela seguindo depois por montes sobranceiros à Ria de Vigo que se ia avistando ao longe. Em Cesantes reforçámos o pequeno almoço. Cruzámos depois a ria em Pontesampaio por uma bonita ponte antiga subindo as ruelas da povoação. Seguimos depois por trilhos agradáveis embora difíceis, quer pelo pavimento, quer pelo declive. Próximo de Pontevedra e após a capela de Santa Marta, virámos à esquerda abandonando o caminho marcado junto à EN550, seguindo pela Senda Fluvial do Rio de Gafos, frondoso trilho nas margens do rio. Neste momento as dificuldades faziam-se sentir e foi já a “arrastarmo-nos” que chegámos a Pontevedra e fizímos check-in no Albergue Virgem Peregrina. Algumas fot...

Após cerca de 13 meses retomámos o Caminho no mesmo ponto onde tinha sido interrompido. Agora também acompanhados pela nossa filha. Depois de uma noite muito mal dormida no Albergue de Valença ( calor, “respirar profundos”), saímos pelas 06:20. Cruzámos Valença pelo interior da fortaleza e chegámos à ponte internacional ainda completamente escuro, com nevoeiro e muito frio. Cruzámos a zona antiga de Tui e descansámos uns momentos nas escadas da Catedral. Um pouco mais à frente entrámos nas margens do rio Louro, um percurso extremamente bonito. Atravessámos a ponte romana de San Telmo e à entrada de Orbenlle virámos à esquerda de modo a evitar o polígono industrial de O Porrino ( caminho alternativo que evita uma recta de 3 Km sem sombras). Em Mós ( 30,2 Km), nosso objetivo para dormir, o Albergue estava cheio. Acabámos por ficar em Saxomende (após um transbordo logístico) no Albergue Corisco, local agradável e com bar / restaurante associado o que foi muito conveniente. E...